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A arte como “respiro”: um diálogo imagético/musical através do movimento

  • Foto do escritor: Abarca Cultural
    Abarca Cultural
  • 10 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de abr. de 2021


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Imagem: oriunda do vídeo "Suíte Terra Plana (In Memoriam)”

E eis que, em meio ao caos, uma flor desabrocha!

Tamanha ousadia só mesmo o aflorar da arte, teimando, insistentemente, em iluminar as trevas da ignorância.




Por Cristiane Albuquerque



No Brasil, no auge de uma pandemia viral, intensificada pelo “vírus da tirania”, os artistas e suas diferentes formas de arte vêm, a todo instante, nos recordar que nossa esperança é “ciclicamente” fortalecida através dos pequenos, mas preciosos atos em interação.


O vídeo “Suíte Terra Plana (In Memoriam)” é um desses trabalhos cuja peculiaridade artística aponta para uma infinitude de caminhos possíveis. Os quais podem ser experienciados a partir dos mais heterogêneos olhares e “ângulos de entendimento”.


Produzido pelo músico/artista plástico e professor/antropólogo Marcos Albuquerque, o filme, de 16 minutos de duração, é composto por quatro diferentes atos que, juntos, dialogam através de um enredo imagético/musical (claramente construído na intenção de ultrapassar as fronteiras entre as artes).


De acordo com Albuquerque as músicas foram compostas tendo como interlocutor as imagens em movimento.



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Imagem: oriunda do vídeo "Suíte Terra Plana (In Memoriam)”

“Em 'Canção de ninar Zumbi', a quarta composição da série, essa relação imagético/melódica, apoiada no movimento, se apresenta de maneira mais incisiva na cadência da música. Os movimentos sonoros se intercalam com as imagens de forma a manifestar uma espécie de dança universal”, explica.







Segundo o músico todo o processo de produção do vídeo foi realizado nos últimos meses, em sua casa, através de um computador pessoal. Para tanto, utilizou os programas Logic Pro e Final Cut Pro, respectivamente, para as gravações das músicas e manejo das imagens.


Nas palavras de Albuquerque este processo de produção artística lhe serviu como um momento de “respiro”.


“Foi uma tentativa de tomar fôlego. Uma tentativa de respirar nesse contexto de pandemia, de morte e de desgoverno”, desabafa.

Marcos Albuquerque tem dois outros importantes trabalhos voltados ao diálogo entre imagem e som. De cunho acadêmico,O Regime Imagético Pankararu” (tese de doutorado) e “O Torécoco” (dissertação de mestrado) são textos que têm como proposta base avançar no debate sobre os estudos culturais, etnomusicais, de imagem e de performance (em meio ao contexto das populações indígenas contemporâneas).




CONFIRA “Suíte Terra Plana (In Memoriam)”!

E APROVEITE PARA RESPIRAR!




Suíte Terra Plana (In Memoriam)




Suíte


Terra Plana (In Memoriam)



I - A Dança da Terra Plana (00:00​)

II - Zumbi Cinematográfico (03:52​)

III - Lindos Laços Quebrados (07:30​)

IV - Canção de Ninar Zumbi (10:57​)



Descrição:

Amanhecer,

I - A Terra, girando, redonda, (quanta beleza!)

II - A tempestade, o fogo, girando, redondos, (destruição, eles fazem)

III - O universo, girando, redondo, (sempre recriando)

IV - As flores, girando, redondas, (aurora, elas docemente resistem) Somos tão belos, capturemos a mosca zumbi negacionista. Nós temos tudo, saber e prazer da vida, resistimos!






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Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque é Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPCIS) e no Programa de Pós-graduação em História da Arte (PPGHA). Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). Possui graduação em Ciências Sociais, com habilitação em antropologia, pela Universidade Federal de Campina Grande (2002) e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é Coordenador do N.A.d.A (Núcleo de Antropologia da Arte) - UERJ; vice-coordenador do INARRA (Imagens, Narrativas e Práticas Culturais) - UERJ, também é filiado ao NEPI (Núcleo de Estudos das Populações Indígenas) - UFSC, ao LACED (Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento) - UFRJ, e vinculado à rede RAMA (Rede de pesquisas em memória, identidade, poder, ambiente e território). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnicidade, Performance, Antropologia da Arte e Antropologia Visual, atuando principalmente nos seguintes temas: indígenas em contexto urbano, arte étnica, museus e vídeo etnográfico. (Texto de apresentação oriundo da Plataforma Lattes)







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