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Tese sobre Barquinha de Niterói é defendida na UERJ

  • Foto do escritor: Abarca Cultural
    Abarca Cultural
  • 23 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de mar. de 2020



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Foto de arquivo/Barquinha de Niterói-RJ



Religião, saúde e performance são os temas tratados pela jornalista e antropóloga Cristiane Costa em sua tese de doutorado sobre a Barquinha de Niterói. Com o título "Os Sentidos de Cura", a pesquisa foi defendida no início do ano junto ao Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O estudo analisou os rituais de cura que acontecem na “filial carioca [1]” do Centro Espírita Obras de Caridade Príncipe Espadarte (localizado no estado do Rio de Janeiro). O objetivo foi investigar o modo como as concepções de saúde e doença são construídas e compartilhadas pelos adeptos em meio a esse espaço "religioso e terapêutico".



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Foto: Júlia Malafaia

A partir de um olhar mais voltado à subjetividade dos rituais, Costa problematiza os trabalhos de cura realizados no Centro tendo em vista sua constituição como práticas religiosas voltadas para a terapêutica. Nessa investida, diferentemente de uma abordagem focada na eficácia de cura como um sistema de crenças, a autora se volta para tentativa de compreender os elementos da performance e o papel que desempenham na construção de uma “crença/ou crédito” particular. De acordo com a antropóloga a intenção foi observar os processos de cura “enquanto atos performáticos que colocam a experiência da doença em destaque e que exigem a reflexividade do sujeito social”.


Fundada em 1945 pelo maranhense Daniel Pereira de Matos em Rio Branco-AC, a Barquinha é uma doutrina religiosa sincrética que faz uso de uma bebida sacramental chamada de ayahuasca ou daime. Após a morte de seu fundador em 1958 sofreu processos de fissões que deram origem a novos centros também chamados de Igrejas. Um deles é o Centro Espírita Obras de Caridade Príncipe Espadarte liderado por Francisca Campos e mais conhecido como Barquinha da Madrinha Chica. Com sede em Rio Branco-AC, a Casa tem núcleos em Niterói-RJ, Brasília-DF, Fortaleza-CE e São Paulo-SP.



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Foto de arquivo/ Barquinha de Niterói-RJ


Os trabalhos no Rio de Janeiro foram acontecendo paulatinamente a partir de 1999 com a chegada dos acreanos Cléia e Carlos Renato à capital fluminense (ambos filiados à Barquinha da Madrinha Chica). Buscando cumprir com seus compromissos espirituais os adeptos passaram a realizar ritos privados em um apartamento no bairro do Catete. Inicialmente eram apenas os dois, mas com o passar do tempo começaram a receber um número cada vez maior de amigos. Após uma série de buscas por um lugar ideal para realização dos rituais finalmente em 2001 se fixaram na casa de um casal no município de Niterói.



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Foto de arquivo/Barquinha de Niterói-RJ


A “filial carioca”, primeira entre as demais sucursais, foi reconhecida pela matriz no ano de 2003, tendo seu espaço oficial de culto inaugurado em 2010. Atualmente a irmandade conta com cerca de 60 (sessenta) adeptos oficiais, além de outros tantos frequentadores assíduos e um número de visitantes que vem crescendo a cada ano.


A tese, "Os Sentidos de Cura: religião, saúde e performance na Barquinha de Niterói-RJ", foi orientada pelo Professor Doutor Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O texto está disponível no site oficial do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP).




CONFIRA A TESE NA ÍNTEGRA!






[1]Filial carioca” é um termo genérico usado pelos próprios adeptos da Barquinha de Niterói para diferenciar o núcleo do Rio de Janeiro da matriz (localizada em Rio Branco-AC), bem como das demais filiais (localizadas em outros estados).




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

COSTA, Cristiane Albuquerque. Os Sentidos de Cura: Religião, saúde e performance na Barquinha de Niterói-RJ. Tese de Doutorado apresentada no Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 2019.









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Cristiane Albuquerque Costa é graduada em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)


1 comentário


José Moreira
José Moreira
07 de abr. de 2023

Boa tarde, gostaria de conhecer a casa. Qual dia posso visitar?

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