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Da Palavra Indizível ao Corpo Revelado

  • Foto do escritor: Abarca Cultural
    Abarca Cultural
  • 21 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de mar. de 2020

ARTIGO

A relação entre o câncer de mama e a fotografia é tema do artigo publicado pela antropóloga Waleska Aureliano em Etnografias Visuais: análises contemporâneas, de 2015




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Fonte: Pinterest

Desde os primórdios os seres humanos utilizam a arte como uma importante ferramenta de comunicação (em seu âmbito mais subjetivo). Seja através da pintura, da música, da literatura, do teatro, da dança ou mesmo da fotografia artistas e público conseguem alcançar um nível de interação singular, próprio do universo das artes.


Formas de viver, pensar e sentir são manifestadas continuamente pelas lentes dessa “ciência ancestral” que busca se construir por meio de um estreito diálogo entre talento, estética, emoção e técnica.


A dor física e o sofrimento, por sua vez, são temas largamente abordados pela via da arte. Exemplos famosos de pessoas que transformaram suas dores (físicas ou emocionais) em expressões artísticas podem ser conferidos através dos trabalhos de Frida Kahlo (pintura), Bispo do Rosário (artes plásticas), Nazareth Pacheco (literatura), Antonin Artaud (teatro), além de outros.


Em seu artigoDa Palavra Indizível ao Corpo Revelado: narrativas imagéticas sobre o câncer de Mamaa antropóloga Waleska Aureliano aborda justamente a relação entre o câncer de mama e a arte através do trabalho de duas mulheres, Jo Spence e Gabriela Liffschitz. Ambas passaram por uma mastectomia e "encontraram na fotografia uma forma de abordagem artística, terapêutica e política para essa experiência”. A intenção da autora foi levantar questões envolvendo corpo, gênero, saúde e medicina a partir da perspectiva da arte.


Além dos trabalhos de SPENCE (1995) e LIFFSCHIT (2003) Aureliano também explora outros materiais fotográficos produzidos por (ou com) mulheres que passaram pelo câncer de mama. Segundo a antropóloga a intenção foi tentar "matizar" as diferentes possibilidades que a fotografia tem a oferecer para essa discussão.


O texto está dividido em três partes. No primeiro momento a autora aborda a crescente visibilidade que tem sido dada ao câncer de mama, "apesar dos tabus que cercam a doença". Na sequencia analisa os trabalhos fotográficos de Spence e Liffschitz “buscando destacar os elementos particulares na vivência que cada uma delas teve com o câncer e a fotografia”. E finalmente nas considerações finais Aureliano faz menção a dois trabalhos coletivos realizados por fotógrafos profissionais com mulheres afetadas pelo câncer de mama (na intenção de analisar a forma como a categoria “autoestima” pode ser empregada “tanto para afirmar quanto contestar padrões de gênero e do corpo feminino”).



A TODOS UMA EXCELENTE LEITURA!


Segue o texto em PDF





CONFIRA TAMBÉM O VÍDEO SOBRE O TEMA DISPONÍVEL NO YOUTUBE!







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Imagem: arquivo do autor

Waleska Aureliano é Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia. Tem Doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba. Fez pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Antropologia da Saúde, atuando principalmente com os temas: câncer e doenças raras; genética, família e parentesco; gênero, saúde e corporalidade; religião e terapias alternativas.


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