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Iguaria

  • Foto do escritor: Abarca Cultural
    Abarca Cultural
  • 6 de nov. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 10 de mar. de 2020


Por: Martinho Tota


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Foto: copyleft/google images


Meu Senhor Jesus, por que tanto silêncio,

Por que tanto barulho,

Por que tanta luz nessa cruz?


Eu, marujo, marejo e mergulho

Nas profundezas do claro e do escuro,

Nas superfícies do macro e do muro.


Minha Santa Maria, para quê tanta castidade

Nesse tempo, nessa cidade?

Meus dedos, minhas mãos não se acomodam,

Ressuscitam a virgindade dos meus desejos.


Meu divino Espírito Santo,

Cadê a vitória, onde está a memória

Da nobre escória de serpentes soberanas


Tiradas, tiranas,

Sagradas e profanas,

Sensatas e insanas


Sinuosas, rastejantes,

Gosmentas, venenosas,

Ardilosas e pedantes?


Santíssima divindade, tende impiedade de mim

Que me quedo assim, de pé

Em pé de igualdade,

Iníqua iguaria da maldade








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Martinho Tota é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande, tem Mestrado em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba e Doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará, do Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia (UFC/Unilab).

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